De tempos em tempos surgem diversos tipos de desafios perigosos que podem gerar resultados catastróficos para os envolvidos. Já tivemos o desafio da Baleia Azul, da Água Fervente e o mais recente, o Desafio da Pimenta, acabam incentivando os mais jovens a replicar as práticas com o objetivo de “entrarem na moda” e obter likes na internet.
O mesmo consiste em ingerir alimentos ardidos e até mesmo inalá-los, com a ideia de mostrar resistência à ardência aos mais diversos tipos de pimentas conhecidas. O desafio em questão só ganhou notoriedade no Brasil após a jovem Thais Medeiros, de 25 acabou sendo internada em fevereiro depois de cheirar pimenta e ter tido uma forte reação alérgica. A mesma continua internada, apresentando sequelas cerebrais.
Além do caso da jovem, temos o caso do desafio do Chiclete Picante, semelhante ao o da pimenta. No início do mês de abril, policiais de Massachusetts, Estados Unidos, emitiram um alerta após dez crianças de uma escola de ensino fundamental terem sido internadas após mascarem o chiclete Trouble Bubble, usado em desafios virais. Segundo a professora Kathleen Woodard, mãe de um dos alunos internados, o momento parecia uma cena de filme de terror, “parecia que as crianças estavam sob ataque”. Após análise da composição do chiclete, as autoridades policiais de Southborough, cidade dos casos relatados, foi constatado que o chiclete usa oleorresina de Capsicum, composto presente em sprays de pimenta.
Como forma de tentar coibir o incentivo dos mais jovens a praticarem tais desafios, o TikTok tem colocado em vídeos do tipo o aviso: “Participar desta atividade pode resultar em ferimentos em você ou em outras pessoas”.
Por Euclides da Cunha.com | João Pedro